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Fest Aruanda terá Fernando Morais

publicado: 25/11/2025 08h35, última modificação: 25/11/2025 08h35
Festival homenageia o escritor, que vai autografar a biografia “Lula – Volume 1” na abertura do evento
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Lúcio Vilar (no centro) apresentou os destaques do festival em coletiva realizada ontem pela manhã | Foto: Evandro Pereira

por Esmejoano Lincol*

O Fest Aruanda divulgou, ontem (24), em coletiva de imprensa, as novidades que comporão a sua 20ª edição, com início em 3 de dezembro, na capital. Além do já difundido Aruanda Praia, segmento com shows e mostras de filmes na orla de João Pessoa, o evento, gratuito, contará com as presenças do escritor Fernando Morais e da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), homenageados que trarão a público seus livros recentes. Também ganharão reverências o cantor e compositor Geraldo Vandré; a crítica Maria do Rosário Caetano; o diretor da programação do Cinépolis Brasil, Eduardo Chang; o pesquisador Jean-Claude Bernardet; e o cineasta Sílvio Tendler – os dois últimos, em tributo póstumo.

O evento terá início no dia 3, às 18h30, no Cinépolis do Manaíra Shopping. Fernando Morais autografará o livro Lula – Volume 1, biografia sobre o presidente brasileiro, lançado em 2021. Na sequência, a partir das 20h, haverá a cerimônia oficial de abertura, com a distribuição do Troféu Aruanda a alguns dos homenageados de 2025. Fechando a noite, dois filmes: o curta-metragem Index, trabalho experimental do paraibano João Lobo; e o longa Ary, documentário do realizador André Weller sobre o compositor Ary Barroso.

Nos dias 4 e 5 de dezembro, o festival deslocará sua grade para o Busto de Tamandaré, em Tambaú. A primeira data é dedicada a Raul Seixas. No dia, às 18h30, será projetado o filme Raul – O Início, o Fim e o Meio (2012), do diretor Walter Carvalho. Às 20h30, os artistas paraibanos Arthur Pessoa, Elon, Fuba, Juzé, Luana Flores, Mira Maya, Nathalia Bellar, Sandra Belê, Totonho e Val Donato celebrarão o legado do intérprete de “Maluco beleza”. Às 21h30, Vivi Seixas (filha de Raul) e Paula Chalup apresentarão o show Rock das Aranhas Live.

No dia seguinte, às 9h30, no Hotel Aram (Tambaú), Jandira Feghali debaterá o seu livro Cultura É Poder. A partir das 18h, no Busto de Tamandaré, o Aruanda projetará o documentário Me Chama que Eu Vou, de Joana Mariani, sobre Sidney Magal. Em seguida, o próprio Magal faz show com sua banda.

Ainda na programação literária, lançamento do livro Luz & Sombra, coletânea de críticas e ensaios publicadas em A União por André Cananéa (gerente de conteúdos e de programação da Parahyba FM), no dia 6, às 16h30, no Cinépolis. Os demais detalhes da grade podem ser conferidos no site do evento (www.festaruanda.com.br).

O Aruanda bateu, em 2025, o seu recorde de inscrições: 1586, quase o dobro do ano passado. O quantitativo de longas e curtas-metragens paraibanos também surpreendeu, motivo pelo qual o segmento Sob o Céu Nordestino, que até o ano passado abrangeu filmes de toda a região, ficou restrito à exibição de filmes do estado.

“O Aruanda vai antecipar uma espécie de reedição da chamada ‘Primavera do Cinema Paraibano’, que vivenciamos em 2018. Essa expressão foi cunhada pelo crítico Luiz Zanin”, declarou Lúcio.

Em relação aos dois homenageados que já faleceram – Jean-Claude Bernardet e Sílvio Tendler – o coordenador assinala que a reverência não se dá, apenas, por suas mortes, mas pela importância que eles tiveram para o próprio festival. Ambos, a propósito, já haviam recebido tributos em vida na Paraíba.

“Em 2007, Jean-Claude participou de um debate muito importante sobre o documentário Aruanda com a presença de Linduarte Noronha (o diretor). Depois, ele voltou como ator e realizador”, resumiu Lúcio Villar.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 25 de novembro de 2025.