A oitava edição da Feira Literária de Campina Grande (Flic) abre sua programação oficial hoje, às 18h, no Museu de Arte e Ciência de Campina Grande (MAC), no Catolé. Na ocasião, haverá um bate-papo com o poeta mineiro Sérgio Vaz, mediado por Jessicalen Conceição. Antes, o evento promove os lançamentos do livro Uma História de Cada Vez e as Cores de Cada uma e dos cordéis noticiosos do projeto Repórter Literário, ambas ações pedagógicas da Flic. Uma homenagem aos docentes e aos discentes que integram as iniciativas escolares da feira, a exemplo do projeto Leitura Viva, completa a noite de estréia.
A feira segue até domingo (dia 16), com debates, lançamentos de livros e apresentações musicais – além das dependências do MAC, outro espaço público que recebe atrações, algumas delas, voltadas para o público infantojuvenil, é o Parque da Criança.
Os destaques da semana: amanhã, às 19h, no MAC, uma roda de conversa com o autor fluminense Jeferson Tenório, vencedor do Prêmio Jabuti com O Avesso da Pele, em 2021; também amanhã, no Museu de Arte e Ciência, e no domingo, no Parque da Criança, a feira Colabora Flic, que reunirá livros, artesanato e gastronomia, sempre a partir das 9h. A programação completa pode ser acessada na página oficial do evento.
Stellio Mendes, um dos idealizadores da Flic, destaca a evolução do evento em quase uma década, num diálogo constante com linguagens que orbitam o universo literário “convencional”, a exemplo da Mostra Feminina de Literatura de Cordel (Flicordel), que acontece no sábado, às 14h. O tema do evento deste ano – “Literatura sem fronteiras” – resume a empreitada.
“Se por um lado, a Flic internacionalizou-se em 2024, por meio de residências literárias com escritores estrangeiros, por outro, nosso grande orgulho é a nossa interiorização. Chegamos a comunidades vulneráveis, bem como à zona rural e até a outros 10 municípios da Borborema”, aponta.
Além de Sérgio Vaz, que, radicado em São Paulo, foi o fundador do Sarau Cooperifa, Stellio assevera a participação de Jeferson Tenório, que, estando pela primeira vez em Campina Grande, poderá compartilhar sua experiência de ativismo junto ao movimento negro no Rio Grande do Sul, estado onde mora atualmente.
“Ele deixará um legado de grande importância, pelo que ele representa para a literatura, mas também para uma nova consciência social. Há uma gama de novos escritores e escritoras, que têm elevado nossa literatura a um patamar ainda mais fantástico do que já conhecemos, através dos clássicos dos dois últimos séculos”, analisa.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 14 de novembro de 2025.