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Fortaleza de Santa Catarina é tema de livro

publicado: 10/12/2025 08h58, última modificação: 10/12/2025 08h58
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Volume será lançado hoje, na fortaleza | Foto: Divulgação

por Esmejoano Lincol*

O forte de Santa Catarina, marco histórico de Cabedelo, transformou-se em equipamento público e cultural importante para a Região Metropolitana de João Pessoa, sem esquecer o seu passado como ponto estratégico na defesa do território do estado. Parte dessa trajetória é retratada na coletânea Raízes de Pedra – A Fortaleza Santa Catarina no Imaginário Acadêmico. Organizada por Tania Castelliano, a obra traz a público uma série de textos que remontam os cinco séculos de tradição do local e ganha um evento de estreia hoje, a partir das 18h30, nas dependências da própria fortaleza, em Cabedelo. A entrada é franca.

O projeto foi conduzido por membros da Academia Cabedelense de Ciências, Artes e Letras (Accal) da qual Tânia é a atual presidente. Ao todo, 17 autores revezaram-se em crônicas, contos, ensaios e contos sobre os múltiplos aspectos daquela edificação; dentre eles estão Aroaldo Sorrentino Maia, Fábio Smith e Sebastião Tavares Campos Quintans.

“Embora a temática fosse comum a todos, cada um trouxe uma contribuição única, seja pelo estudo histórico, sensibilidade artística, ou pela relação afetiva com a cidade”, informa Tânia.

A relevância do livro repousa, segundo a presidente, na abordagem de aspectos pouco conhecidos da fortaleza, sobretudo no tocante à sua estrutura. A construção original, por exemplo, era feita em taipa de pilão, antes de ser reedificada em pedra. Foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938.

“Essas mutações representam vidas interrompidas, batalhas, lutas por domínio, e sobretudo a resistência de gerações — indígenas, colonizadores e moradores locais”, destaca Tânia.

A pesquisa em torno da fortaleza rende, segundo a acadêmica, outros resultados, que poderão, no futuro, constituir novas antologias. Apesar de, no título, Raízes de Pedra indicar sua base acadêmica, a empreitada vai muito além deste viés, e destina-se a todos os públicos.

“Em última instância – ao unir história, memória e literatura – a obra é um tributo: às pedras que resistiram, às pessoas que partiram e às que ficaram, às raízes enterradas e à passagem do tempo. Uma homenagem ao passado que se recusa a ser esquecido”, resume Tânia. 

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 10 de dezembro de 2025.