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Jackson do Pandeiro nos corredores da FCJA

publicado: 09/10/2025 08h47, última modificação: 09/10/2025 08h47
Unidade Tambaú da fundação abre, amanhã, exposição sobre o Rei do Ritmo
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Capas de jornais da Paraíba e de outros estados estão expostas mostrando a relevância do músico, que morreu em 1982 | Fotos: Leonardo Ariel
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por Esmejoano Lincol*

A importância e a influência do Rei do Ritmo passam a ser ilustradas com uma nova exposição em João Pessoa, que será inaugurada amanhã, às 10h, pela Fundação Casa de José Américo, em sua unidade no bairro de Tambaú. Jackson do Pandeiro – É Ritmo, É Raiz, É Paraíba celebra o legado do artista paraibano com fotos, ilustrações e recortes de jornais que remontam a sua trajetória. Após o evento, aberto ao público, o material ficará disponível para visitação nos corredores da instituição até dezembro, em seu horário de funcionamento — de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. O trio pé-de-serra Os Filhos de Jackson anima a estréia.

A mostra teve curadoria de boa parte da equipe da FCJA — 20 pesquisadores ao todo — e conta com materiais que fazem parte de seu acervo. O título foi sugestão de Giovanna Barroca, coordenadora da unidade em Tambaú.

“Minha contribuição esteve mais no simbólico, no gesto de guardar, nomear e proteger, mantendo viva a memória e valorizando as raízes, para que o ritmo continue ecoando no presente”, declara.

Fernando Moura, presidente da fundação e biógrafo do músico (junto com Antônio Vicente) no livro Jackson do Pandeiro, o Rei do Ritmo, aponta para os múltiplos artistas que tornaram públicas a referência de Jackson em suas próprias carreiras, como Lenine, Zé Ramalho e Chico Buarque. A coleção pessoal de Moura também alimenta os segmentos imagético e audiovisual da exposição, adicionando itens preciososUma delas é uma fita, doada por uma amiga, há alguns anos.

Quando eu cheguei em casa e fui ouvir, percebi que era um jingle de campanha, cantado por ele, para um candidato a deputado federal de Sergipe, algo totalmente inesperado”, destaca.

Ainda que a exposição possa contribuir para cristalizar a obra do paraibano junto ao público brasileiro, estas e outras ações não têm a mesma força, segundo Moura, de um gesto aparentemente simples: ouvir as músicas que compõem o repertório de Jackson. “São 435 faixas, para todos os gostos. Seja samba, baião, xaxado, maracatu, candomblé... Isso é mais do que uma garantia de que ele vai ter continuidade, de permitir que ele ultrapasse gerações”, conclui.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 09 de Outubro de 2025.