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Novo imortal toma posse

publicado: 16/05/2025 09h18, última modificação: 16/05/2025 09h18
Eleito em fevereiro, João Trindade assume, hoje à noite, a cadeira 4 da Academia Paraibana de Letras
2025.02.14 Eleição APL © Leonardo Ariel (9).JPG

Trindade: “Estou na APL para trabalhar” | Foto: Leonardo Ariel

por Daniel Abath*

Em fevereiro deste ano foi realizada a eleição para a ocupação da cadeira nº 4 da Academia Paraibana de Letras (APL), vaga em virtude do falecimento do acadêmico José Loureiro Lopes, para a qual foi declarado eleito o advogado, escritor e jornalista João Trindade. A posse do novo imortal ocorre hoje, às 18h, na sede da instituição, no Centro da capital.

João Trindade conta que durante todo este tempo de espera a expectativa de assunção cresceu exponencialmente. Ele explica que a ocasião exige inúmeros preparativos, a exemplo dos convites a quem não pode faltar ao evento. De praxe para o rito existem dois discursos: um do acadêmico que está ingressando na casa e outra fala especial do veterano da academia que recepciona o recém-chegado, que neste caso é o escritor Milton Marques Júnior.

Após os discursos, João Trindade fará uma pequena apresentação. “Vou cantar três músicas acompanhado de um maestro”, detalha ele. “Vai ser uma solenidade muito bonita. Obviamente em seu discurso o acadêmico agradece o fato de estar na academia – que realmente é uma honra muito grande”.

João ressalta que todo escritor que se preze alimenta, com grande orgulho, o maior sonho de ingressar na academia de letras de seu estado. “Nesse discurso de posse a gente conta resumidamente a nossa trajetória. No meu caso, fala sobre os órgãos de imprensa onde trabalhou; como professor, dos colégios e universidades, e como escritor, fala das obras que já publicou”, comenta.

O empossando, que espera um bom público para prestigiar a solenidade, afirma que seu grande objetivo ao entrar na academia é tornar a casa ainda mais dinâmica, com a promoção de cursos e palestras, tanto cursos ministrados por ele quanto sugestões de festas literárias, publicações de escritores paraibanos e, sobretudo, um concurso literário da APL, que segundo João, não há memória de já ter ocorrido.

Antes mesmo de ser empossado, já foi convidado, inclusive, para ministrar oficinas em duas escolas estaduais – o Lyceu Paraibano e a Escola João Gomes. “Eu estou na academia para trabalhar, não entrei por vaidade. Estarei lá diuturnamente, participando dos projetos”, atesta. “A academia não pode ser tida como uma tradição, mas sim como algo vivo. Faz parte da história presente e prática da vida”, conclui o imortal.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 16 de maio de 2025.