A Super-Con, convenção de cultura pop com 20 anos de estrada, começa hoje na capital e vai até o próximo domingo (5), trazendo muita música, cosplays e artistas internacionais para o Espaço Cultural, em Tambauzinho. Entre as presenças, figuram nomes como o do ator Jack Guzman, que encarnou o power ranger Cavaleiro Bisão Negro em Power Rangers – Força Animal, e de Takayoshi Tanimoto, a voz por trás de temas de animes como Dragon Ball e Digimon. Os ingressos antecipados para a festa estão disponíveis pelo site superconvencao.com.br, a preços que variam de R$ 60 (individual meia) a R$ 400 (individual VIP).
Em riffs sombrios de guitarra e referências à cultura pop japonesa, a banda Ego Eris fará o show de abertura hoje, a partir das 20h, com entrada gratuita mediante retirada de ingresso pelo site e doação de 1 kg de alimento não perecível no local. O grupo, que transita pelo post-punk e a estética gótica, leva ao festival uma proposta marcada pelo encontro entre diferentes universos culturais.
“A gente também circula muito por esse estilo japonês, porque nos conhecemos nesse ambiente”, explica o baixista da banda, que assina artisticamente como Astroblack. “Gostamos de rock japonês, de visual K e de anime. Nosso público tem muito dessa galera”.
A Ego Eris surgiu em 2018, a partir da parceria de Astroblack com o guitarrista Marc Nero. Em seguida, o vocalista Breno Romero somou-se à dupla, trazendo consigo a experiência da noite, quando cantava covers de grupos como Depeche Mode. “Ele sempre teve um destaque na cena como vocalista”, recorda o baixista.
De uma pesquisa de Marc pelos epitáfios da vida (da morte, melhor dizendo), nascia o nome do trio. A expressão que suscitou a escolha advém do latim (“ego eris”, “eu era”), vinculando-se ao imaginário da morte e da memória. “A concepção do Marc veio a partir da frase ‘tu fui, ego eris’, ‘o que você é, eu já fui; eu era’”, descreve Astroblack.
De lá até então, a Ego Eris lançou um EP (Nocturnal, de 2017) e dois álbuns (Memento Mori, de 2018, e In Vino Veritas, de 2022). Dentre as influências musicais, estão os cânones do post-punk, além de sonoridades contemporâneas, das músicas japonesa e russa, incorporadas ao repertório de escutas do grupo.
“A gente vem de Bauhaus, The Cure, Joy Division, mas também do post-punk nacional. Temos parceiros em várias bandas brasileiras, como o pessoal da banda Mãos Fúnebres, de Campina Grande, que é incrível”, diz o músico.
Na apresentação de hoje, a banda aposta em um repertório conciso, adequado ao tempo de palco disponível na Super-Con. Afora as músicas autorais, haverá espaço para uma homenagem à cultura que os aproxima do público: “Vamos tocar uma abertura de anime. É uma forma de celebrar”.
O clima para a apresentação é de expectativa positiva. “Esperamos que tudo ocorra bem, que o público possa se divertir e que a galera que já nos conhece esteja presente, assim como quem quiser nos descobrir agora”, projeta.
Por meio deste link, acesse o site para compra de ingressos
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 03 de Outubro de 2025.