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Três novos eleitos para o Livro de Mestres das Artes

publicado: 01/07/2025 08h52, última modificação: 01/07/2025 08h52
Pedro Osmar, Mestre Seu Antônio e Mestre Chicola passam a integrar o Rema
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De muitos serviços prestados à música, Pedro Osmar ocupa agora uma das 30 vagas | Foto: Leonardo Ariel

por Emerson da Cunha*

Mais três expoentes da cultura popular paraibana passarão a fazer parte do Registro no Livro de Mestres das Artes Canhoto da Paraíba (Rema). São eles: Mestre Seu Antônio, de Taperoá, com 84 anos, que atua com Bumba Meu Boi; o músico Pedro Osmar, da capital paraibana, com 71 anos, fundador do Jaguaribe Carne; e Mestre Chicola, de Pombal, com 58 anos, que é capitão do grupo cultural Os Pontões. A decisão foi tomada pelo Conselho Estadual de Políticas Públicas Culturais da Paraíba (Consecult-PB) no último dia 27, por meio de reunião ordinária no município de Serra Talhada, no Vale do Piancó, com participação de conselheiros do poder público e da sociedade civil.

A inserção no Livro de Mestres das Artes garante aos artistas o pagamento de dois salários mínimos por mês de forma vitalícia, em forma de reconhecimento da trajetória artística e pelo trabalho de repassar os conhecimentos tradicionais para outras gerações, além de levar em consideração as condições socioeconômicas e de saúde de cada pessoa. Os três nomes foram escolhidos dentro de um rol de 39 inscrições e ainda há uma lista de três suplentes, que podem aceder ao registro caso haja vacância: Zé do Pife (Campina Grande), Poeta Arnaldo (Campina Grande) e Ivan Martins (Sapé).

“É um trabalho que mistura critérios objetivos e subjetivos, que é lento e longo ao mesmo tempo, mas que ajuda a dar dignidade a mestres e mestras de cultura que muito já ofereceram culturalmente para a Paraíba”, salienta o secretário de Estado da Cultura e presidente do Consecult-PB, Pedro Santos.

De acordo com a legislação, são 30 o número de mestres e mestras que ocupam o registro e que são beneficiadas até o final da vida, quando é o momento em que nova vaga se abre. No caso das últimas aprovações, elas se alocaram em três postos vagos, sendo o mais recente o de Biliu de Campina.

Para participar da seleção, as pessoas precisam ser paraibanas ou brasileiras que residam na Paraíba há mais de 20 anos, de comprovada participação em atividades culturais há pelo menos duas décadas e capazes e disponíveis para transmitir seus conhecimentos ou técnicas a alunos e aprendizes.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 1° de julho de 2025.