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Escritores destacam ação por meio de edital da Secult e EPC

publicado: 14/10/2025 09h05, última modificação: 14/10/2025 09h05
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Alexandre Macedo (seg. à esquerda), gerente da Editora A União, fez um balanço positivo dos 10 dias do melhor da literatura paraibana | Foto: Divulgação/Secom-PB

Após participarem da XV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que se encerrou no domingo (12), em Olinda, escritores paraibanos selecionados no edital Arte da Bagagem destacaram a importância da presença no evento de destaque nacional. O edital foi uma realização do Governo do Estado da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-PB), em parceria com a Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), e selecionou 27 escritores para realizar lançamentos.

Durante os 10 dias de evento, os selecionados lançaram seus livros no espaço da Livraria e Editora A União, da EPC, durante a bienal, e receberam um prêmio no valor de R$ 3 mil destinados ao custeio de despesas pessoais, como transporte, alimentação e logística de exemplares. Foram escolhidas obras literárias nos gêneros: Romance, Conto, Crônica, Cordel, Poesia, Literatura Infantojuvenil e Biografia.

O escritor André Ricardo Aguiar, um dos selecionados pelo edital, que lançou no evento o livro “Faz de conta que é crônica” (Dromedário, 2024), afirmou que a participação na bienal foi intensa e trouxe mais visibilidade à literatura feita na Paraíba, nas mais variadas formas e nos propósitos editoriais de cada obra.

“Estar apoiado pela Livraria A União, com seu catálogo, deu um bom suporte, pois proporcionou a facilidade de dialogar com outras propostas e, numa bienal, o que não faltam são propostas e meios de difundir o livro, a leitura e a busca por leitores. Portanto, é mais uma oportunidade que abrimos para futuros movimentos, estreitando os laços com o que já é tradicional [bienais, feiras, lançamentos] além das fronteiras do nosso estado”, destacou André.

A escritora Ana Lia Almeida, também selecionada, disse que o edital Arte na Bagagem foi muito importante como incentivo à literatura paraibana. Ela, que lançou o livro “Praieira” (Patuá, 2025), comentou que “a Bienal de Pernambuco é um evento gigante, dominado por um tom mais comercial, mas onde também pudemos encontrar outras editoras públicas, como a Cepe, associações de escritores independentes, e acredito que tenha servido como um ótimo espaço de visibilidade. Os escritores selecionados puderam contar com uma ótima estrutura e um espaço de divulgação de seus livros, além do contato com outros escritores que podem evoluir para futuras parcerias literárias”.

Alexandre Macedo, gerente da Editora A União, fez um balanço positivo dos 10 dias nos quais se dedicaram a levar o melhor da literatura paraibana. “É muito importante para a editora fazer esse intercâmbio, e a parceria com a Secult possibilitou levar 27 escritores, e também contamos com a presença de outros autores que fizeram lançamento no nosso espaço, independente do edital. Foram três lançamentos por dia, o que garantiu uma movimentação muito bacana. Avalio que a missão da editora de fortalecer a literatura paraibana está sendo cumprida, assim como a da descentralização. Muita gente de outros estados passaram pelo estande e conheceram nossa literatura”.

Macedo disse ainda que os escritores que participaram ficaram muito satisfeitos, agradeceram o espaço e evidenciaram que só foi possível participar por meio do edital. Ele destacou ainda o alto número de vendas de livros do Prêmio José Lins do Rego, assim como os de Celso Furtado e Leandro Gomes de Barros.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 14 de Outubro de 2025.