A Paraíba provou, em números, que os investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) são essenciais para o crescimento e desenvolvimento de um estado, conquistando a colocação de estado mais competitivo do Nordeste pelo segundo ano consecutivo, graças ao pilar inovação, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP).
O estado se consolidou como um dos cinco do Brasil e o 1o do Nordeste com a melhor média na inovação, avaliado pelo ranking. Esse resultado foi o responsável por subir a média geral do Estado e levá-lo ao primeiro lugar do Nordeste e ao 11o do Brasil em competitividade.
“Estamos criando condições adequadas para o desenvolvimento da pesquisa, tecnologia e inovação, além de fomentar nossos estudantes e professores por meio de bolsas de estudo. Essa conquista extraordinária nos mantém no primeiro lugar no Nordeste na inovação regional, além de garantir ao 11a posição nacional”, avaliou o governador da Paraíba João Azevêdo.
Entre os anos de 2019 e 2025, o Governo da Paraíba investiu mais de R$ 700 milhões em Ciência, Tecnologia e inovação. “Esses recursos criam um ambiente propício para o desenvolvimento da Inovação. Receber esse reconhecimento, sendo o único estado do Brasil fora do eixo Sul e Sudeste com crescimento significativo em inovação, mostra que estamos no caminho certo”, comentou o governador.
A Paraíba também se destacou no indicativo Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com o 1o lugar no Nordeste e a vice-liderança no Brasil. A pesquisa científica do Estado também foi destaque no levantamento, com uma média de 67,4, atingindo a 6a posição no ranking do Brasil e a 3a no Nordeste.
Esses indicativos fazem parte do pilar inovação, o responsável por levar a Paraíba a 11a posição geral no ranking e à 1a posição regional, com uma média de 69,3. Neste sentido, a Paraíba subiu cinco posições em nível nacional e duas em nível regional, em comparação com o ano anterior.
De acordo com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Claudio Furtado, a pasta tem trabalhado de maneira assertiva no que diz respeito a priorizar a pesquisa na Paraíba. “São diversas startups incubadas no Parque Tecnológico Horizontes de Inovação; investimento em pesquisa, através de bolsas de mestrado e doutorado, mobilidade urbana para preparação de estudantes e professores, além de investimentos em Ciência e Tecnologia por meio do Complexo Científico do Sertão. A tendência é que esse número cresça ainda mais e a Paraíba se torne referência em inovação no país”, comentou o secretário.
Além dos investimentos públicos realizados em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e pesquisa científica, o ranking avaliou parâmetros essenciais para chegar ao resultado do pilar de inovação, a exemplo de patentes; bolsa de mestrado e doutorado; estrutura de apoio à inovação, informação e comunicação; e empresas de alto crescimento.
Internacionalização das ações levou a esse resultado
A Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior consolida políticas de CT&I na Paraíba, a exemplo de programas de internacionalização, como o Paraíba Sem Fronteiras, que reúne mobilidade acadêmica, por meio de parcerias com países como China, Alemanha, Itália, França e Reino Unido, além de ações de incentivo à exportação.
- As instalações do Parque Tecnológico Horizontes de Inovação estão em fase final de construção; 36 startups participam do programa de incubações
A inovação também se reflete no apoio ao empreendedorismo tecnológico. Em João Pessoa, as instalações do Parque Tecnológico Horizontes de Inovação estão em fase final de construção. Enquanto isso, 36 startups participaram de programas de incubação presenciais e virtuais. Além disso, 50 projetos de empreendedorismo originados em favelas receberam apoio financeiro e mentorias por meio do projeto Empreendedorismo e Inovação nas Favelas.
Para além disso, a Paraíba se destaca com a construção do Radiotelescópio Bingo, que faz parte do Complexo Científico do Sertão. O projeto também aporta outros equipamentos, a exemplo da Cidade da Astronomia, que inclui museu, observatório e planetário em Carrapateira; pesquisas em paleontologia e arqueologia no Vale dos Dinossauros, em Sousa; e o museu em Cajazeiras.
Competitividade
O Ranking de Competitividade avalia as 27 unidades da federação com base em 100 indicadores, divididos em 10 pilares: infraestrutura, sustentabilidade social e ambiental, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, potencial de mercado e inovação. O levantamento oferece uma visão comparativa entre os estados, permitindo identificar pontos fortes e fragilidades, além de servir como ferramenta de monitoramento de Políticas Públicas e de atração de novos investimentos para o setor privado.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 7 de setembro de 2025.