A temporada 2025 do surfe na Paraíba começa a ganhar forma nesta sexta-feira (18), com a abertura do Circuito Paraibano de Surf, cuja primeira etapa será realizada até o domingo (20), em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte. O evento, que reunirá atletas de diversos estados do Nordeste, é promovido pelas federações Paraibana e Potiguar da modalidade.
Haverá disputas nas categorias Sub- -10, Sub-12, Sub-14, Sub-16, Sub-18, Open, Universitário, 40+, 50+ e 60+. As inscrições ainda estão abertas e têm valores diferenciados para amadores e profissionais. A primeira classe pagará R$ 120; enquanto a segunda, R$ 180. Até ontem, mais de 150 surfistas já haviam assegurado a participação no evento.
“A coisa mais importante do surfe é que jamais uma onda vai ser igual a outra. E como a gente tem previsão de boas ondas, então, eu acredito que serão as novas ondas que o pontal vai nos apresentar, para a gente poder ver um show de surfe, um show de habilidade, de perícia técnica dos atletas do Nordeste nessa abertura do Circuito Paraibano de Surf”, garante Alexandre Palitot, presidente da Federação Paraibana de Surf (FPBS).
“Baía Formosa é um local em que os atletas de todo o Nordeste e de todo o Brasil gostam de competir, e com a previsão apontando boas ondas, muita gente tem se inscrito. Inclusive, para nossa surpresa, os veteranos estão em maior número do que a nova geração”, acrescentou ele.
Uma das novidades da etapa é a adição da categoria Universitário, que foi adicionada com o objetivo de selecionar os atletas que representarão a Paraíba nos Jogos Universitários Brasileiros de Praia (JUB’s), programados para serem realizados no próximo mês.
Parceria duradoura
A colaboração mútua entre as federações dos estados vizinhos é de longa data e tem gerado bons frutos, o que justifica a realização da abertura do Circuito Paraibano em território potiguar.
“A escolha de Baía Formosa se deu há quatro anos atrás, na segunda gestão de Carlos Gilberto. Foi uma decisão que teve algumas controvérsias por ser em outro estado, no início, mas depois se mostrou uma decisão acertada, porque Baía Formosa praticamente foi descoberta por paraibanos. Nós, paraibanos, vivemos em Baía Formosa, pegando aquelas ondas e o evento, por ser uma realização da Federação Paraibana de Surfe, mas em águas potiguares, então, essa parceria entre as duas federações fez com que o evento valesse pelos dois circuitos: a etapa de abertura do circuito paraibano e a terceira etapa do circuito potiguar”, explica Palitot.
Aderência feminina
O grande número de inscrições femininas tem chamado a atenção da organização do evento, especialmente nas categorias de base. Na Sub-12 feminina, por exemplo, a procura foi tão alta que já há atletas em fila de espera, sinalizando o crescimento da participação das meninas no surfe competitivo.
“Eu vejo um trabalho muito forte da Confederação Brasileira de Surf. E esse grande espaço foi aberto no surfe através das atletas profissionais, que divulgaram o surfe feminino há muito tempo, como a paraibana Diana Cristina, a cearense Tita Tavares, a vice-presidente da Confederação Brasileira, Brigitte Mayer, a Andréia Lopes, que é, até hoje, a única brasileira da etapa mundial; essas meninas pavimentaram esse crescimento que hoje está gigantesco”, pontua o dirigente da FPBS.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 16 de julho de 2025.