O Campeonato Brasileiro Infantil de Natação, que foi finalizado no último sábado (29), após cinco dias de disputas, no Rio de Janeiro, encerrou a temporada da Vila Olímpica Parahyba em grande estilo. O clube pessoense garantiu o terceiro lugar geral, com 11 medalhas, atrás apenas do Sesi-São Paulo (20 medalhas) e do campeão Fluminense (15 medalhas).
Para além das condecorações, no entanto, o time paraibano teve diversas quebras de recordes estaduais e dois dos grandes destaques da competição: Dayalo Xavier e Helena Scott. Dayalo conquistou cinco medalhas douradas (nos 200 m borboleta; nos 1.500 m livre; nos 400 m medley; nos 800 m livre; e nos 100 m borboleta), além dos troféuus de índice técnico e eficiência, sendo o único atleta da Paraíba que conseguiu esse feito; ele ainda quebrou dois recordes estaduais (nos 200 m e 100 m borboleta), que pertenciam a Kaio Márcio.
Já Helena Scott, além de conquistar cinco medalhas (ouro nos 200 m medley e nos 100 m livre; prata nos 100 m e nos 200 m peito; e bronze nos 50 m livre), garantiu o troféu eficiência da competição. A nadadora Júlia Andrade também garantiu o bronze nos 1.500 m livre e ampliou o número de pódios da equipe.
Para Leandro Nascimento, técnico da Vila Olímpica Parahyba, os resultados conquistados nas piscinas cariocas reforçaram a melhoria técnica buscada desde o início da temporada. “A nossa equipe teve uma evolução em termos de resultados, principalmente nos campeonatos nacionais. A temporada de 2025 foi excepcional, principalmente para as categorias Infantil, no Infantil I, de 13 e 14 anos. Nós saímos de 10 medalhas no meio do ano, sendo apenas três de ouro, para 11 medalhas no Brasileiro do final do ano, sendo sete de ouro. Em relação ao desempenho técnico, todos os atletas da equipe, principalmente a infantil, fizeram suas melhores marcas, ou seja, 95% da nossa equipe conseguiu bater suas melhores marcas dentro da piscina”, explica ele.
O professor ainda ressalta que espera que os resultados consistentes alcançados durante o ano possam atrair os olhares de investidores que visem ao engrandecimento do esporte local a partir da próxima temporada. “Há o déficit de atletas em algumas categorias que nós não conseguimos suprir, e todas as dificuldades que nós temos em relação à equipe multidisciplinar, já que não a possuímos. Nós tivemos o apoio apenas da Sejel em relação às passagens, mas não temos ainda a estrutura de profissionais que clubes do Sudeste têm, e mesmo assim nós batemos de frente com os clubes nacionais, clubes que têm alto investimento, e isso, para o Nordeste, para nossa realidade, é algo excepcional”, afirma.
“Esse ano nós demos um salto enorme na qualidade da natação da Paraíba, da natação do Nordeste e no Brasil e estamos mostrando que nós somos capazes de bater de frente com grandes clubes. Esperamos que em 2026 nós possamos ter um investimento maior, um olhar maior das empresas. Falta isso ainda, não só na natação, mas dos esportes em geral. Ainda falta apoio. Nós não temos uma gestão esportiva ainda de nível como os clubes grandes têm. Se nós tivermos isso, com apoio, claro, da federação, nós, com certeza, vamos dar um salto bem mais alto e, se Deus quiser, voltaremos a ter um atleta no nível de Kaio Márcio, que foi o único atleta paraibano a chegar numa Olimpíada, e esse é o sonho de todos os atletas que estão lá na Vila”, finaliza o treinador.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 2 de dezembro de 2025.