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Botafogo-PB fica mais perto do G8

publicado: 27/05/2025 08h52, última modificação: 27/05/2025 08h52
Na Série D, o Treze-PB está fora da zona de classificação, após a sexta rodada; já o Sousa segue mais distante do G4
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Henrique Dourado marcou o gol do Botafogo-PB na vitória de 1 a 0 sobre o Retrô-PE | Foto: João Neto/Botafogo-PB

por Danrley Pascoal*

Os clubes paraibanos que representam o estado no Campeonato Brasileiro já iniciaram os trabalhos para os jogos do próximo fim de semana. Pela Série C, o Botafogo-PB vai enfrentar o Figueirense-SC, fora de casa, domingo (1º), às 19h. O Belo busca sua primeira vitória longe de João Pessoa na competição. Pela Série D, valendo pelo Grupo A3, no fechamento do turno, sétima rodada, o Treze-PB recebe o Central-PE no Amigão, sábado (31), às 16h; já o Sousa-PB joga contra o América-RN na Arena das Dunas, em Natal (RN), domingo (1º), às 16h30.

No último fim de semana, apenas o Botafogo venceu, num triunfo importante contra o Retrô-PE, por 1 a 0 (com gol de Henrique Dourado), que aproximou a equipe do G8 da Terceira Divisão. Galo e Dino não tiveram a mesma sorte e acabaram perdendo seus jogos pela Quarta Divisão. O Treze perdeu por 1 a 0 para o Santa Cruz-RN, com gol de pênalti polêmico; enquanto o Sousa não conseguiu medir forças contra o Santa Cruz-PE no Marizão e acabou derrotado por 1 a 0. Os pernambucanos têm a segunda melhor campanha geral do torneio.

A semana de preparação para os próximos desafios no Campeonato Brasileiro começou sem nenhum clube da Paraíba na zona de classificação para as fases seguintes da competição das suas respectivas séries. O Belo encerrou a sétima rodada da Série C na décima posição, com nove pontos, estando, neste momento, fora do quadrangular do acesso.

Na Série D, dentro do Grupo A3, apesar da derrota, o Treze tem a mesma pontoação do quarto colocado Ferroviário-CE (nove pontos), o time de Campina Grande fica na quinta colocação porque tem saldo de três gols negativos, enquanto os cearenses têm saldo de dois gols negativos. Em seis partidas, o Galo tem três vitórias e três derrotas.

A situação do Sousa já é mais desconfortável, a equipe já acumula quatro derrotas no Brasileiro, tendo apenas uma vitória, são só quatro pontos conquistados em seis partidas. O Dino amarga a penúltima posição da chave. O time ainda não conseguiu replicar o futebol do Estadual na competição nacional.

Botafogo

O Alvinegro não vencia desde 12 de abril, quando ganhou por 3 a 0 do Confiança-SE, pela primeira rodada da Série C. Eram sete jogos sem vitórias, contabilizando os jogos da Copa do Brasil, contra o Flamengo-RJ. Márcio Fernandes conquistou seu primeiro triunfo no comando do Botafogo, com ele na área técnica, o Belo havia empatado com o Maringá-PR (1x1) e perdido para o Rubro-Negro carioca (4 a 2).

Depois do 1 a 0 diante do Retrô, o treinador falou sobre o resultado: “Comemorar o esforço que esses jogadores tiveram para suportar a pressão de uma equipe muito boa, que já demonstrou isso, eliminando o Fortaleza-CE. Enfrentamos um time muito competitivo, de muita qualidade. Nossos atletas suportaram bem esse cenário”, destacou Márcio.

Questionado sobre a qualidade do elenco, diante das dificuldades enfrentadas para apresentar bom futebol, o técnico defendeu o plantel alvinegro. “Uma das coisas que me fez vir para o Botafogo foi justamente as pessoas que estão dirigindo o clube. Respeito o Fausto [Momente] e o [Alexandre] Gallo, essas pessoas fizeram eu acreditar que era possível fazer um bom trabalho. O nosso time é de muita qualidade, só que, quando a coisa não acontece, a confiança vai lá para baixo”, disse.

“Os jogadores não estavam conseguindo render o que poderiam. Essa vitória em casa era o que a gente precisava para eles ganharem essa confiança novamente. Então, isso tudo é um começo, a gente tem realmente muito trabalho pela frente, mas já apresentamos alguma coisa, jogamos contra três equipes fortíssimas, Maringá, Flamengo e o Retrô. Não vencemos simplesmente qualquer time, nós vencemos uma agremiação que eliminou o Fortaleza dentro do Castelão”, completou.

Márcio terá uma semana cheia para preparar sua equipe visando o duelo contra o Figueirense. Desde que chegou, ele não teve tempo para fazer ajustes e treinar situações específicas de jogo. O técnico comentou sobre essa oportunidade, agora, tendo oito dias entre uma partida e outra.

“A gente precisa melhorar em alguns setores. Durante a semana, vamos procurar enfatizar alguns pontos. A ideia é continuar evoluindo. Agora, é dar confiança também aos nossos jogadores para que possamos estar cada vez melhores”, afirmou o técnico.

O clube divulgou a programação da semana com viagem marcada para Florianópolis (SC) na sexta-feira (30), às 18h30. Pela manhã, o Belo ainda treina no CT da Maravilha do Contorno. Na próxima rodada, diante do Figueirense, na capital catarinense, o Botafogo busca sua primeira vitória fora de casa na Série C.

A semana alvinegra começou com descanso e recuperação física ontem. Hoje, Márcio Fernandes comanda atividades em dois períodos, às 9h e 15h30. Amanhã, ocorrerá um treino às 15h30. Quinta-feira (29), o treino acontece na parte da manhã, às 9h. No dia anterior ao confronto da oitava rodada, a atividade de apronto ocorre no CT do Avaí, às 15h30.

Botafogo e Figueirense, quando entrarem em campo no domingo (1º), farão o quinto jogo na história do duelo, os três últimos foram em 2022, 2023 e 2024, também pela Série C. A outra ocorreu em 2002, pela Copa do Brasil. O retrospecto mostra uma vantagem para o lado paraibano. Na Terceira Divisão, o Belo acumula duas vitórias e um empate, estando invicto contra o rival atuando pelo torneio. A única vitória catarinense ocorreu pela Copa do Brasil.

Treze

Marcelo Vilar falou após a derrota do Galo para o Santa Cruz-RN. Ele lamentou a atuação de sua equipe, mas ressaltou a atuação da arbitragem, a qual avaliou como determinante para a derrota do Treze. Nas imagens que circulam nas redes sociais, não houve falta no lance que gerou a penalidade máxima para o clube potiguar, que foi convertida em gol.

“A gente não pode negar que nós fomos incompetentes, porque, mesmo num campo diferente do que a gente joga, o nosso time teve o controle do jogo, criou mais oportunidades, mas foi incompetente nas finalizações. Eu não sou de ficar reclamando, mas é um absurdo a marcação do pênalti que gerou a nossa derrota”, comentou Vilar.

“Saímos reclamando, reconhecendo que nós tivemos a incompetência de não fazer o gol, pelo volume que o time teve, mas a arbitragem foi decisiva para a derrota. Do jogo, temos que aproveitar as oportunidades. Nós sabíamos que iria ser um jogo complicado, mas, com as chances que apareceram, tinha que matar”, completou.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 27 de maio de 2025.