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MEETING paralímpico

Evento reunirá 363 paratletas na PB

publicado: 05/06/2025 09h32, última modificação: 05/06/2025 09h32
João Pessoa (PB) e Belo Horizonte (MG) recebem, simultaneamente, etapas da competição do CPB neste sábado
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O lançador paraibano Cícero Nobre foi um dos participantes da etapa pessoense do Meeting Paralímpico disputado em 2024, na Vila Olímpica Parahyba | Foto: Adom Vieira/CPB

por Camilla Barbosa*

A capital paraibana sedia, neste sábado (7), uma etapa do Meeting Paralímpico Loterias Caixa, que é desenvolvido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O evento, com edição simultânea em Belo Horizonte (MG), contará com disputas de seis modalidades, sendo elas: atletismo, natação, bocha, tiro com arco, tênis de mesa e tiro esportivo.

Ao todo, 363 competidores participarão da etapa pessoense. Na Vila Olímpica Parahyba, no bairro da Torre, estarão 250 do atletismo, 42 da natação, 23 da bocha, 17 do tiro com arco e 13 do tênis de mesa. Outros 18 atletas estarão nas provas de tiro esportivo, no Império Shot Clube, localizado na rua Rotariano Antônio Telino De Lacerda, 273, no bairro Portal do Sol. Gilmar Araújo, que integra a gerência executiva do Paradesporto da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel-PB), explica o perfil dos participantes da programação, que começará amanhã, com a classificação funcional de atletas estreantes.

“Geralmente, vem a equipe de Natal e  de Pernambuco também participar, porque as equipes daqui também vão participar dos Meetings que tem nesses estados. O Meeting funciona em todos os estados, em todas as capitais e é uma das etapas dos campeonatos adultos, então, essas modalidades vão acontecer todas agora, com a competição propriamente dita”, disse.

Jogos Paraescolares

O programa de provas de João Pessoa inclui disputas válidas para o alto rendimento e Seletivas Estaduais dos Jogos Paraescolares, Paralimpíadas Universitárias, Paralimpíadas Militares e Intercentros.

Na competição escolar, serão selecionados os atletas que representarão a Paraíba nas modalidades de natação, atletismo, bocha e tênis de mesa das Paralímpiadas Escolares, que acontecerão em novembro, em São Paulo. Para participar do evento, os estudantes se inscreveram por meio de um formulário específico, divulgado anteriormente pela Gerência do Paradesporto.

“A gente estará trazendo atletas da Paraíba inteira, as 16 regionais de ensino vão estar representadas aqui em João Pessoa. A gente tem muitos atletas, são mais de 228 atletas com a idade escolar que vão participar da seletiva estadual, fora os adultos que vão participar no Meeting. Então, é uma competição grande, vai ter muita gente, bem prestigiada mesmo, e é muito importante, tanto para os adultos, como também para os atletas da fase escolar. A competição mais importante do ano para que eles possam competir e fazer suas marcas para se classificar para as etapas nacionais”, explicou Gilmar.

Tiro esportivo

A programação do evento também contará com uma demonstração da modalidade de tiro paralímpico para deficiente visual. O presidente da Comissão de Atletas da Federação Paraibana de Tiro Esportivo, Clynson Oliveira, ressalta o pioneirismo estadual nesta prática.

“Esse esporte vai debutar nas Paralimpíadas de Los Angeles em 2028, e a Paraíba, mais uma vez, na frente de todos os estados brasileiros, a gente vai ter aqui os primeiros quatro atletas e a primeira competição de tiro paralímpico para deficiente visual do Brasil. A Associação dos Deficientes Visuais aqui da Paraíba, ela tem vários atletas campeões paralímpicos do golbol que estão em transição de carreira. Então, esses atletas vieram para a escolinha do centro de referência paralímpico já com essa missão de trocar para o tiro paralímpico, então, eles se aposentaram no golbol e estão vindo para o tiro paralímpico para ir para mais uma Paralimpíada em 2028”, esclareceu.

Mais do que uma modalidade esportiva, para Clynson, o tiro esportivo é uma ressignificação da vida. “Uma frase que eu gosto de repetir é que esse esporte é ‘o tiro que salva’. Muita gente, quando ouve a palavra tiro, associa a algo ruim, mas lá na escolinha o tiro é o tiro que salva. Ele faz o resgate das pessoas, seja na reabilitação, seja na transição de carreira, fazendo com que esse atleta que tem essa mentalidade, que já ganhou medalhas paralímpicas, continue sendo um expoente, trazendo novas medalhas para o Brasil e fazendo com que ele , vamos dizer assim, tendo um lugar seu na história do Brasil, o que é muito importante para nós, seres humanos, como um todo, não só paralímpico ou olímpico”, afirma o dirigente.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 05 de junho de 2025.