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Surfe de base

Paraíba sediará etapa regional em 2026

publicado: 18/12/2025 09h19, última modificação: 18/12/2025 09h19
Evento será realizado em Barra de Camaratuba, no município de Mataraca, de 12 a 15 de março, sendo a segunda do calendário
Orgulho enorme de fazer parte desse time.Seleção Brasileira Júnior conquistando o 3º lugar no Mu.jpg

Arthur Vilar, pela Seleção Brasileira, ficou com o bronze, no Mundial Júnior, disputado no Peru | Foto: Reprodução/Instagram @arthurvilar_surf

por Camilla Barbosa*

A Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) divulgou, na última terça-feira (16), o calendário de competições de 2026, que contará com 11 campeonatos já confirmados em oito estados, inclusive a Paraíba. Tudo começa pela Região Nordeste, passando pelo Sudeste e encerrando no Sul do país. Ao todo, serão realizadas quatro etapas do Surf Brasil Pro — que decidem os títulos brasileiros profissionais —, quatro do Surf Brasil Base, além de mais três eventos em formato Festival de Surf, para definir os campeões brasileiros da categoria Master e os campeões e campeãs do Parasurf e das modalidades Longboard, SUP Surf e SUP Race.

Uma das principais novidades para a próxima temporada está voltada às categorias de base: serão realizadas três competições regionais (uma do Norte/Nordeste, uma do Sudeste e uma do Sul), para selecionar os surfistas que decidirão os títulos brasileiros das categorias Sub--12, Sub-14, Sub-16 e Sub-18 no Surf Brasil Base 2026. De acordo com o cronograma divulgado, a etapa Regional Norte/Nordeste (segundo evento do ano) do Surf Brasil Base será realizada em Barra de Camaratuba, em Mataraca, município localizado no Litoral Norte da Paraíba, de 12 a 15 de março.

As etapas regionais representam uma mudança no formato adotado pela CBSurf em 2025. Nesta temporada, o circuito, que anteriormente era disputado em três etapas, foi concentrado em uma única competição, realizada em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, em Pernambuco.

“Estamos muito felizes em podermos divulgar, já agora, no mês de dezembro, o calendário oficial da Confederação Brasileira de Surf da próxima temporada, robusto, sólido, com premiações de alta relevância para todas as categorias. E firmamos o compromisso de trabalhar para termos mais etapas ainda inseridas nesse calendário. A Confederação está sempre atuando com foco principal no melhor para os atletas e para as Federações e, a cada ano, a gente vai solidificando esse trabalho em prol do surf brasileiro”, destaca Paulo Moura, diretor de Esportes e vice-presidente da CBSurf.

“Nós estamos, inicialmente, fazendo o anúncio de um calendário pé no chão, de acordo com a nossa parceria com o COB (Comitê Olímpico do Brasil)”, esclarece Geraldo Cavalcanti, diretor-executivo da Confederação Brasileira de Surf. “Tenho certeza de que vamos conseguir mais eventos ao longo do ano e esperamos que até abril/maio, a gente consiga reforçar ainda mais o calendário de 2026. Mas, a princípio, é pé no chão! Foi um trabalho minucioso feito por toda a diretoria, aprovado pelo presidente Teco Padaratz, para fazermos esse anúncio do calendário agora, para todos os atletas já se programarem para o ano que vem”, acrescentou o dirigente.

Encerramento do Paraibano

Quase simultaneamente à etapa Regional Nordeste, será realizada a última etapa do Circuito Paraibano de Surf 2025. O vice-presidente da Federação Paraibana de Surf (FPS), Alexandre Palitot,  comentou como será e comemorou a oportunidade de sediar o evento nacional.

“Vamos aproveitar a estrutura do Brasileiro e, um fim de semana, antes a gente vai fazer a última etapa de 2025, válido também como primeira etapa de 2026. Infelizmente, a gente não consegue fazer nada em dezembro porque as prefeituras estão pagando décimo terceiro salário, aí, depois vem alta estação em janeiro, então também não é interessante para nenhum município do Litoral fazer eventos porque a lotação de pousadas estão no limite máximo, tudo com limite máximo; em fevereiro, tem Carnaval e para março fomos agraciados com essa etapa de Barra de Camaratuba”, explicou.

“Eu vejo de forma muito positiva, uma vez que, realmente, o mando de campo ou o mando de praia, vamos chamar assim, favorece demais aos atletas locais pelo conhecimento da onda. Então, assim, aumentam as possibilidades de levarmos atletas da Paraíba para a grande final, uma vez que à final não vão atletas de todos os estados e, sim, os melhores de cada região”, complementou o dirigente.

Palitot ainda fez um balanço do momento atual do surfe paraibano e destacou a necessidade de maior atenção à base em 2026. “Temos poucos atletas nas divisões de base, tanto é que nosso circuito, por ser bem organizado, atrai atletas do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas, é como a gente consegue dar números grandes ao circuito estadual, mas com pouquíssimos atletas da Paraíba e a gente tá preocupado com isso. Para o próximo ano, vamos tentar fazer mais trabalho na base, para ver se aumentamos o número de atletas competitivos. Nunca se vendeu tanta prancha, nunca se teve tanto surfista dentro d'água e nunca se teve tão pouco competidor”, aponta ele.

Terceiro lugar no mundo

A Seleção Brasileira Júnior de Surf conquistou o terceiro lugar no ISA World Surfing 2025 (Campeonato Mundial Júnior de Surfe da ISA), em Punta Rocas, no Peru, ao somar 5.707 pontos na disputa por equipes. A Austrália (com 6564 pontos) mostrou-se como a grande potência do surfe júnior mundial e conquistou o ouro. Os Estados Unidos, com 5707 pontos, ficou com a medalha de prata.

Na competição, realizada entre os dias 5 e 14 deste mês, o jovem-fenômeno paraibano, Artur Vilar, foi um dos integrantes do grupo verde-amarelo, competindo na categoria Sub-16. O evento reuniu 424 dos melhores surfistas juniores (Sub-16 e Sub-18) do mundo.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 18 de dezembro de 2025.