Cinco vezes melhor do mundo: esse é o título que o velocista paraibano Petrucio Ferreira ostenta desde o último sábado (27), quando conquistou o ouro na final dos 100 m T47 (deficiência nos membros superiores) do Mundial de Atletismo. A competição, que iniciou no último dia 26 e vai até 5 de outubro, está sendo realizada no estádio Jawaharlal Nehru, em Nova Déli, na Índia.
Para a conquista da sua quinta medalha dourada na prova, o paraibano finalizou-a em 10s66, apenas dois centésimos à frente do chinês Shi Kangjun e quatro do marroquino Ayamane El Haddaoui, que completaram o pódio.
Curiosamente, essa nem foi a melhor marca do ano de Petrucio até aqui. Em abril, ele terminou a mesma prova em 10s57, no Circuito Paralímpico Loterias Caixa — Fase Internacional, no CT Paralímpico, em São Paulo.
A condecoração conquistada pelo esportista sertanejo em solo indiano junta-se às obtidas por ele nas últimas quatro edições da competição: Londres 2017, Dubai 2019, Paris 2023 e Kobe 2024. “Cinco vezes campeão do mundo. O quinto título foi mais difícil que o primeiro. A competitividade e a própria cobrança que tenho com meu corpo, defendendo meus títulos, está sempre cada vez maior. Estou há 12 anos invicto nessa prova. Isso não é só parte física, é psicológica também. Por isso, tenho que agradecer a minha família. Gosto de desafios”, afirmou o campeão.
“Quando cheguei aqui na Índia, eu prometi para a minha família, para o Brasil, que viria para cá para defender esse título e que eu ia voltar com essa medalha para casa. Foi com emoção até os 5 m finais, mas cumpri com a minha palavra. Petrucio cumprindo com sua palavra de levar essa medalha, essa douradinha para o Brasil”, acrescentou ele.
No lançamento de dardo, o medalhista paralímpico paraibano Cicero Nobre disputou a final da classe F57 (em que os atletas competem sentados), em busca da terceira vitória nesta prova em mundiais. No entanto, acabou em quarto lugar, com a marca de 49,45 m. O pódio teve os seguintes atletas: Muhammet Khalvandi, da Turquia, em primeiro lugar, com 53,30 m; Yorkinbek Odilov, do Uzbequistão, em segundo, com 52,06 m; e em terceiro lugar, Amanolah Papi, do Irã, com o lançamento de 51,55 m.
Já Joeferson Marinho chegou à final dos 100 m T12 (deficiência visual), mas acabou em sexto lugar, ao finalizar a prova em 11s16. O pódio teve o norueguês Salum Ageze Kashafali (10s42), o japonês Kuno Ryutaro (11s 01) e o brasileiro Kesley Teodoro (11s11).
Até a manhã de ontem, o Brasil estava em segundo lugar no quadro geral de medalhas, com 13 condecorações (quatro ouros, sete pratas e dois bronzes). Em primeiro, a China, que tinha apenas uma a mais (quatro ouros, sete pratas e três bronzes).
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 30 de setembro de 2025.