Cardoso Filho
A Polícia Civil da Paraíba concluiu a primeira fase da Operação Cartola, que investiga manipulação de resultados, pagamento a arbitragem e punição aos clubes que não aceitavam as regras da Federação Paraibana de Futebol e enviada ao Ministério Público para oferecimento de denúncia. “Existirão outras fases e a operação não foi concluída”, enfatizou o delegado Lucas Sá. Nos sete meses de investigações 407 medidas cautelares foram representadas, entre busca e apreensão e quebra de sigilo, entre outras.
Segundo o titular da Delegacia de Falsificação e Defraudação nesta primeira fase da operação foram investigadas mais de 120 pessoas, no entanto, como as investigações são sigilosas o delegado informou apenas que existirão outras fases, inclusive com mais depoimentos e novas diligências. Foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão domiciliar cumpridos (1ª fase) e produzidos oito relatórios, com a análise sistemática das provas obtidas.
Nesta primeira fase da Operação Cartola foram realizadas 91 oitivas, entre interrogatórios, depoimentos e declarações e houve a interceptação de 150 terminais, além de dezenas de diligências sigilosas pelas equipes da Delegacia de Defraudações e Falsificações, junto com o serviço de inteligência da Polícia Civil da Paraíba. 127.478 ligações telefônicas foram analisadas em toda a operação.
Além desta declaração, o delegado revelou uma série de irregularidades cometidas no futebol paraibano na edição deste ano do Estadual. Ele ressaltou ainda que há indícios que as fraudes aconteciam há pelo menos dez anos, porém, pelo fato das investigações terem começado efetivamente a partir de janeiro de 2018, as provas concretas referem-se ao campeonato mais recente.
São várias as irregularidades cometidas pelas pessoas que estão sendo investigadas, que, além dos dirigentes, compreendem ainda a Federação Paraibana de Futebol (FPF), a Comissão de Arbitragem da FPF, o Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba e árbitros de futebol. Dentre as fraudes, estão a participação de pessoas que usaram o esporte como trampolim para a política, compras de jogos, árbitros vendendo o mesmo jogo para os dois times adversários, entre outras.
Segundo o delegado Lucas Sá, todos os dirigentes de times da primeira divisão do futebol da Paraíba estão sendo investigados. Vale lembrar, que a edição 2018 do Campeonato Paraibano teve como campeão e vice-campeão, respectivamente, Botafogo-PB e Campinense.
Os envolvidos com o futebol paraibano estão sendo alvos de uma operação conjunta desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba e a Polícia Civil. A Operação Cartola está cumprindo 39 mandados de busca e apreensão contra membros da Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba (Ceaf), Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD/PB) e dirigentes de clubes de futebol profissional do Estado da Paraíba (Cartolas). A ação é resultado de mais de 6 meses de investigações e tem por objetivo apurar os crimes cometidos por uma organização composta por membros da Federação Paraibana de Futebol (FPF).
Além desta declaração, o delegado revelou uma série de irregularidades cometidas no futebol paraibano na edição deste ano do Estadual. Ele ressaltou ainda que há indícios que as fraudes aconteciam há pelo menos dez anos, porém, pelo fato das investigações terem começado efetivamente a partir de janeiro de 2018, as provas concretas referem-se ao campeonato mais recente.
A Operação Cartola foi desencadeada no dia 9 de abril, para o cumprimento de 39 mandados de busca e apreensão em João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Campina Grande e Cajazeiras. A operação investiga uma organização criminosa por falsidade ideológica e manipulação de resultados no futebol profissional da Paraíba.