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Novo espaço público no Roger deve contar com orquidário

publicado: 21/10/2025 08h42, última modificação: 21/10/2025 08h42
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Previsão é que empreendimento, executado pelo Programa João Pessoa Sustentável, seja inaugurado no primeiro trimestre do próximo ano | Fotos: Divulgação/Consórcio Jampa Sustentável
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Reunião do PJPS discutiu medidas sobre paisagismo
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O Parque Socioambiental do Roger, projeto que recupera uma área de João Pessoa onde funcionou um depósito de lixo por mais de 40 anos, foi tema de uma reunião promovida pela Coordenação de Aspectos Urbanos do Programa João Pessoa Sustentável (PJPS), junto a representantes da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) da capital e do Consórcio Jampa Sustentável. O encontro teve como foco discutir os detalhes relacionados ao paisagismo do equipamento público, cujas obras devem ser concluídas no começo do próximo ano.

Para elaborar a estrutura e a organização do novo parque, que combina medidas de proteção ambiental com áreas de lazer e educação, a equipe do PJPS, responsável pela execução do projeto, inspirou-se em uma iniciativa desenvolvida em Manaus (AM): o Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin).

Juliane Ataíde, coordenadora de Aspectos Ambientais do PJPS, destacou a importância da recente viagem à capital amazonense para conferir de perto o programa, que tem quase 20 anos e, assim como o João Pessoa Sustentável, é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “A visita ao Prosamim serve de referência, inclusive, para aplicação de instrumentos de conforto térmico, obras de arte e passeios que façam com que a população tenha vontade de estar no parque”, afirmou Juliane, acrescentando que há possibilidade de instalar estruturas metálicas e até um orquidário no espaço — ideias surgidas a partir do exemplo manauara, cujas soluções buscam aliar funcionalidade, conforto e apelo visual.

André Luiz Bezerra da Silva, supervisor ambiental do consórcio que supervisiona as obras no bairro do Roger, ressaltou o desejo de replicar as boas práticas observadas. “A ideia é que a gente consiga trazer o máximo de características do que a gente viu no Prosamim”, disse.

Estrutura abrigará sete setores de atividades

O novo empreendimento ambiental de João Pessoa será implantado na área de 31 hectares do antigo lixão do Roger, que operava como depósito de resíduos sólidos domiciliares e de limpeza urbana, tendo suas atividades encerradas em 2003. O parque terá 21 hectares, preservando a área de mangue local, e será dividido em sete setores principais, cada um com uma vocação específica.

O Administrativo cuidará da gestão e da manutenção do espaço, enquanto o de Produtividade e Profissionalização será focado em gerar oportunidades para a comunidade. Para os amantes do esporte, haverá o setor de Jogos e Campeonatos, com infraestrutura adequada para a prática esportiva. Já quem busca tranquilidade encontrará, no setor de Lazer Contemplativo e Trilhas, um espaço para o contato com a natureza. 

Reunião do PJPS discutiu medidas sobre paisagismo

Para as crianças, haverá o segmento do Parque Infantil, e as manifestações artísticas e culturais serão o foco do setor de Artes e Cultura. Por fim, a área de Proteção Ambiental vai se voltar à preservação e à educação ambiental.

Etapas

A recuperação ambiental para o funcionamento do parque divide-se em duas fases. A primeira, já em execução e com previsão de entrega para dezembro deste ano, prevê medidas de contenção periférica e drenagem de lixiviados, drenagem passiva de biogás, modelagem geométrica do maciço, além da infraestrutura básica, como rede viária interna com ciclovia e calçada, rede de drenagem de águas pluviais e iluminação pública. A segunda etapa, também em execução, abrange as obras do parque propriamente dito e será entregue no primeiro trimestre de 2026.

“Nós estamos na etapa final do projeto. A gente fez toda a parte de gabião e controle do lixiviado para preservar o mangue e, agora, estamos na parte da construção dos equipamentos. Vai ter equipamento ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, com curso de capacitação e formação, e a da Funjope [Fundação Cultural de João Pessoa], para atender à comunidade. Escolas de samba e ala ursas, por exemplo, poderão fazer seus ensaios nesse espaço. Teremos as partes de trilha, de restaurantes, de cafeteria, um campo de futebol, quadra poliesportiva. Será um parque que vai atender toda a população de João Pessoa. O por do sol aqui vai ser lindo de se ver”, declarou Vitor Cavalcante, coordenador-executivo do PJPS.

Para a Semam, que será responsável pela gestão do novo equipamento, a iniciativa representa um marco na recuperação de áreas degradadas e na oferta de espaços de lazer para a população. Pedro Henrique Caetano das Flores, engenheiro ambiental da Pasta, enfatizou o potencial do empreendimento. “Esse [parque],  sem dúvida, vai contemplar um espaço de grande proporção, onde haverá vários espaços de lazer e as pessoas poderão apreciar a beleza natural do local para as suas atividades de lazer e bem-estar”, pontuou.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 21 de Outubro de 2025.