A Paraíba consolidou, em 2025, uma posição de liderança no cenário nacional da gestão pública. Pelo segundo ano consecutivo, o estado foi considerado o mais competitivo do Nordeste e subiu para a 11ª posição do Brasil no Ranking de Competitividade dos Estados, divulgado, ontem (27), pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O levantamento tem como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desempenho foi impulsionado, principalmente, pelos resultados nos pilares Inovação — em que ocupa a primeira posição no Nordeste e o quinto lugar no Brasil, com investimentos em pesquisa, apoio a startups e projetos estratégicos, como o Radiotelescópio Bingo — e Potencial de Mercado — em que alcançou o segundo lugar no Nordeste e o sétimo lugar nacional, refletindo a expansão da economia e da força de trabalho.
Entre os indicadores específicos, a Paraíba apresentou progressos relevantes na Taxa de Crescimento (+14 posições), no Crescimento Potencial da Força de Trabalho (+10) e no Tamanho de Mercado (+1).
O governador João Azevêdo celebrou o resultado, destacando o impacto das políticas públicas na geração de oportunidades para os paraibanos. “Por mais um ano, a Paraíba é reconhecida pela capacidade de atrair empresas, gerar empregos e garantir mais qualidade de vida para as pessoas. Nós nos destacamos pelos investimentos públicos em pesquisa e desenvolvimento, porque sabemos do papel do Poder Público na formação e na qualificação dos cidadãos e no potencial de mercado — mais uma demonstração da nossa capacidade de atrair investimentos e fortalecer segmentos, como o do turismo, assegurando novas oportunidades para o nosso povo”, frisou.
Para o vice-governador Lucas Ribeiro, o desempenho da Paraíba no ranking é retrato de um estado que virou referência e seguirá avançando, a partir de um trabalho coletivo pautado por gestão fiscal equilibrada e investimentos em áreas como Inovação, Educação, Infraestrutura e Economia Criativa. “Junto ao governador João Azevêdo, temos atuado diretamente na formulação e no acompanhamento dessas políticas. Tenho muito orgulho de fazer parte dessa gestão, que está transformando a Paraíba”, afirmou.
O secretário-executivo da Fazenda, Bruno Frade, ressaltou que a posição de liderança regional da Paraíba é resultado de uma gestão fiscal sólida e de políticas de incentivo à economia. “Esse resultado se soma a um forte volume de investimentos em obras estruturantes — que mais que triplicaram, desde 2019 — e à nossa localização estratégica, no coração do Nordeste. Esses fatores combinados fortalecem a competitividade do estado e garantem mais desenvolvimento para a população”, analisou.
O secretário também falou sobre a importância dos incentivos fiscais e do desenvolvimento turístico da Paraíba. “Outra coisa importante são os incentivos fiscais. Nós temos incentivos para todos os segmentos comerciais, incluindo Indústria e Atacado, com legislação e normativos autorizados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, que reduzem a carga tributária e o custo do processo produtivo. Isso torna o estado muito atrativo para a prospecção de empresas. De 2019 para cá, a Paraíba foi o estado do Nordeste que mais recebeu centros de distribuição, [de empresas] como Palmolive, Brastemp, Consul, Gomes da Costa e Magazine Luiza. Além disso, os investimentos em turismo têm transformado a Paraíba na ‘bola da vez’ do Nordeste: o turista consome, gera emprego e renda, movimentando a economia local. Esses fatores também são determinantes para a competitividade do estado”, explicou.
Com gestão fiscal equilibrada, investimentos estratégicos e políticas de incentivo econômico e turístico, a Paraíba fortalece sua posição como referência regional em competitividade, atraindo empresas, investimentos e promovendo desenvolvimento sustentável para toda a população.
Cenários municipais
João Pessoa, Campina Grande e Patos foram listados no top 20 do ranking dos municípios mais competitivos do Nordeste. A capital aparece na oitava posição. Campina Grande e Patos ocupam, respectivamente, a 19ª e a 20ª colocação.
Abrangência nacional
O estudo compara as 27 unidades da Federação, com base em 100 indicadores, distribuídos em 10 pilares temáticos: Sustentabilidade Ambiental, Capital Humano, Educação, Eficiência da Máquina Pública, Infraestrutura, Inovação, Potencial de Mercado, Solidez Fiscal, Segurança Pública e Sustentabilidade Social.
Diferentemente do setor privado — em que a competitividade está ligada à disputa por mercado —, no setor público, o conceito mede a capacidade que os governos têm de planejar e executar políticas eficazes, promovendo desenvolvimento social, atraindo investimentos e melhorando a qualidade de vida da população.
O Ranking de Competitividade dos Estados também representa uma ferramenta de transparência e monitoramento. Ao comparar a atuação dos Governos Estaduais, o estudo incentiva gestores a buscar melhorias contínuas, estimulando o crescimento econômico, a eficiência administrativa e o fortalecimento das instituições.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 28 de agosto de 2025.