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PB deve encerrar 2025 com 10 mil novas usinas solares

publicado: 29/05/2025 08h36, última modificação: 29/05/2025 08h36
Previsão foi feita no Fórum Paraibano de Energias Renováveis, na capital
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Evento reúne empresários e parlamentares, como o deputado George Morais (em pé)| Foto: Roberto Guedes - Foto:

por Lilian Viana*

Com crescimento expressivo no setor de energias renováveis, a Paraíba reafirma sua vocação para a geração de energia limpa. Em 2023, o estado registrou 4.400 usinas solares. Em 2024, esse número mais que dobrou, ultrapassando sete mil instalações. A projeção, segundo o presidente da Associação Paraibana de Energias Renováveis (APB Solar), Rafael Targino, é atingir a marca de 10 mil novas conexões até o fim do ano.

“Só no primeiro trimestre, foram mais de 2.800 novas ligações. Estamos vivendo um período de transformação no setor energético, e esse evento será fundamental para alinharmos os caminhos que queremos seguir”, afirmou Targino na abertura do 2o Fórum Paraibano de Energias Renováveis.

Realizado no auditório do Sebrae, em João Pessoa, o fórum teve início ontem e segue até hoje, reunindo autoridades, especialistas e empresários para discutir políticas públicas, inovações tecnológicas e desafios regulatórios relacionados ao setor de energia limpa na Paraíba.

A programação contempla palestras técnicas, debates sobre políticas públicas e apresentações de casos de sucesso, com foco em temas como mobilidade elétrica, hidrogênio verde, armazenamento de energia, regulação e financiamento de projetos. Além disso, o evento destaca iniciativas sociais voltadas à sustentabilidade e ao fomento do empreendedorismo no segmento de energias limpas, fortalecendo a cadeia produtiva e promovendo oportunidades de negócios no estado.

Organizado pela Associação Paraibana de Energia Solar, o fórum se consolida como o principal encontro do setor no estado, criando oportunidades para negócios, troca de conhecimentos e fortalecimento da cadeia produtiva de energias limpas.

Fortalecimento do setor

Além do presidente Rafael Targino, a mesa de abertura do 2o Fórum Paraibano de Energias Renováveis foi composta pelo vice-presidente da APB Solar, Abraão Leal; pelo vereador de João Pessoa, Raoni Mendes; e pelos deputados estaduais George Morais e Michel Henrique. Durante suas falas, os parlamentares reafirmaram o compromisso com a pauta e apresentaram iniciativas concretas que pretendem implementar nos seus respectivos espaços de atuação.

O deputado estadual Michel Henrique destacou que, embora o Poder Legislativo estadual tenha competências limitadas, a Assembleia Legislativa pode ser um elo fundamental entre empreendedores e o Poder Público. Ele anunciou que vai propor a realização de uma audiência pública sobre o tema, como forma de estimular o diálogo institucional em torno da expansão das energias limpas no estado.

“Queremos iniciar esse diálogo e, se necessário, acionar até o Judiciário, como outros estados já fizeram. Nosso objetivo é destravar amarras e fomentar as energias renováveis, sobretudo no Semiárido, onde a energia solar tem um papel transformador”, afirmou o deputado, mencionando a região do Cariri como um território com grande potencial de desenvolvimento sustentável.

Já o deputado George Morais ressaltou a importância de ações coordenadas entre as três esferas do Poder Público — municipal, estadual e federal — para garantir o acesso democrático à energia limpa, com preços justos para o consumidor. Criador da Frente Parlamentar em Defesa da Energia Solar, Eólica e Gás Natural na Assembleia Legislativa, Morais anunciou que pretende, em parceria com Michel Henrique, propor uma audiência pública para discutir incentivos de fortalecimento do setor na Paraíba.

“Queremos chamar o Governo do Estado, a Secretaria da Fazenda e a Receita Estadual para discutir o assunto, mas a discussão precisa acontecer com base em dados, não apenas em discursos. Por isso, espero me munir de muitos dados após esse fórum”, reforçou o parlamentar, que já presidiu a Companhia Paraibana de Gás (PBGás) e tem forte ligação com a área energética.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 29 de maio de 2025.