Notícias

Apesar do preço alto

PB tem CNH mais barata do Brasil

publicado: 07/08/2025 08h49, última modificação: 07/08/2025 08h49
Valor para obtenção do documento oscila de R$ 1.950,40, no estado, até R$ 4.951,35, no Rio Grande do Sul
Marcello Casal JrAgência Brasil.jpg

Cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem irregularmente e 32% citam o custo como razão | Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

por Agência Gov*

A carteira de motorista para um brasileiro é muito mais do que um documento, é uma chave para a mobilidade, para o trabalho e a independência. Mas o preço para obter a habilitação pesa no bolso e, muitas vezes, inviabiliza a obtenção da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Mesmo em estados em que o preço é menor, como a Paraíba (R$ 1.950,40), o modelo atual de formação acaba excluindo boa parte dos cidadãos que sonham com o acesso ao documento.

Os gaúchos são os que mais sentem o peso no bolso, já que o Rio Grande do Sul lidera o ranking de CNHs mais caras do país, com custo médio de R$ 4.951,35, para a categoria AB (moto e carro).

Mato Grosso do Sul ocupa a segunda colocação: lá, tirar a carteira de motorista sai por cerca de R$ 4.477,95. Já em Santa Catarina, o valor é de R$ 3.906,90.

Esse cenário pode ser comprovado pela pesquisa Perfil do Condutor Brasileiro, do Instituto Nexus, que destaca que 20 milhões de brasileiros dirigem sem habilitação e 32% ainda não se habilitaram devido ao alto custo. A percepção de que o valor é elevado é praticamente consenso: 80% consideram a CNH cara ou muito cara e 66% dizem que o preço cobrado não condiz com o serviço entregue.

Entre os brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo, 81% não possuem habilitação. A taxa de não habilitados também é expressiva nas regiões Nordeste (71%) e Norte (64%).

Nessas regiões, quando o assunto é preço de CNH, os campeões são a Bahia (cerca de R$ 4.120,75) e o Acre (R$ 3.906,60), respectivamente.

O preço elevado para se habilitar tem reflexos ainda na informalidade. Quase metade (49%) dos condutores não habilitados dizem que o custo é o principal motivo para não regularizarem a situação. Isso mostra que o valor cobrado vai além de um problema econômico, torna-se na uma questão de segurança viária e inclusão social.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 07 de agosto de 2025.