O setor de serviços segue aquecido tanto no Brasil quanto na Paraíba. No país, seis a cada 10 novos microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) são desse setor da economia brasileira. Na Paraíba, o número é bem semelhante. Até setembro deste ano, 59,7% de novas pequenas empresas abertas no estado em 2025 são focadas em oferecer serviços.
Os novos empreendedores do comércio vêm logo atrás no ranking e representam 25,4% das aberturas de pequenas empresas no ano, enquanto que 8,5% são da construção civil e 7% fazem parte do setor da indústria. Os dados nacional e estadual são do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) por meio de informações cedidas pela Receita Federal.
A tendência de abertura de novas pequenas empresas majoritariamente no setor de serviços na Paraíba acompanha um ritmo nacional. Atualmente, o setor tem mais de 12,3 milhões de pequenos negócios em atividade espalhados por todo o país. A expectativa é que o segmento continue a mostrar resultados positivos no crescimento do volume de serviços. Isso porque, de acordo com levantamento do Sebrae, foram mais de 262 mil novos pequenos empreendimentos abertos só em agosto no Brasil.
Segmentos
De janeiro até setembro, na Paraíba, foram abertas 49.018 MEs, MEIs ou EPPs. Dessas, o segmento que mais abriu pequenos negócios foi o de atividades de ensino, seguido por atividades de publicidade, com o serviço de entrega de malotes fechando o pódio.
Um desses pequenos empreendedores é Diego Nascimento, de 35 anos. Formado em Educação Física, ele decidiu abrir uma academia de crossfit. Há alguns anos pensando em empreender, o educador físico resolveu encarar a missão mesmo com a compreensão de que vai ter que demandar mais do seu tempo para poder gerir o seu primeiro negócio.
Em 2025, resolveu abrir sua própria empresa no bairro de Águia Fria, em João Pessoa, e já pensa em, no futuro, oferecer mais serviços, para além do crossfit, aumentando assim a oferta para pessoas que querem cuidar do corpo e da saúde.
“Já era uma ideia minha de muito tempo atrás, de sair um pouco da zona de conforto. Mas pesei também a questão familiar para dar mais qualidade de vida. Para isso preciso ganhar mais para poder dar tranquilidade a todos, mesmo sabendo que o trabalho iria aumentar no dia a dia. Era uma vontade também sair do papel de professor e entrar em um papel mais de gestor. A princípio nossa empresa irá ofertar a atividade de treinamento de alta intensidade, mas já pensando em expandir para outros serviços futuramente”, comentou o novo empreendedor.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 05 de Outubro de 2025.