O varejo da Paraíba fechou o primeiro semestre com a segunda maior taxa de crescimento do país. A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o volume de vendas no acumulado de janeiro a junho deste ano cresceu 6,2% sobre o mesmo período do ano passado, apresentando um descolamento no desempenho junto com Amapá (7,8%) e seguido por Santa Catarina (6,2%), com índice similar, sendo esses os estados que tiveram as maiores taxas de crescimento do país.
A taxa de crescimento da Paraíba no primeiro semestre (6,2%) foi três vezes superior à média do país (1,8%). Já na comparação de junho sobre o mesmo mês do ano passado, a Paraíba apresentou a terceira maior alta do Brasil (3,6%), enquanto a média do país foi de apenas de 0,3%.
No indicador do comércio varejista ampliado — que inclui atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo —, a Paraíba apresentou, também, a segunda maior taxa de expansão do país no primeiro semestre (6%), enquanto a taxa do Brasil foi de apenas 0,5%.
O gerente da pesquisa no IBGE, Cristiano Santos, afirmou que o fator positivo para o comércio “é o crescimento e melhora do mercado de trabalho com mais ocupação, mais renda e avanço da massa salarial. Isso ajuda no poder de compra”, pontuou.
Equilíbrio
O secretário de Estado da Fazenda, Marialvo Laureano, avaliou que, “mesmo em um cenário macroeconômico mais desafiante, com taxas de juros mais altas e que tendem afetar setores mais sensíveis à crise de crédito, como é o caso do varejo, a Paraíba continua se destacando nacionalmente no indicador mais pelos aspectos internos que nacionais ou internacionais, pois é um Estado equilibrado em suas contas públicas e que mantém investimentos públicos com recursos próprios crescentes a cada ano”, frisou
Marialvo Laureano acrescentou dois outros indicadores importantes para o crescimento do varejo da Paraíba: a geração de emprego e o consumo das famílias. “Esses dois indicadores têm sido crescentes no estado. Por exemplo, fechamos o primeiro semestre com saldo de mais nove mil empregos com carteira assinada, segundo o Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados], uma expansão de 35,73% sobre o primeiro semestre do ano passado. Nos últimos seis anos e meio, criamos mais de 1,2 milhão de empregos e um saldo de 122 mil postos, enquanto o consumo das famílias paraibanas este ano será de R$ 111,7 bilhões, o que representa um crescimento de 9,3% sobre o ano anterior, conforme o IPC Maps”, detalhou.
Levantamento
A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e unidades da Federação.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 14 de agosto de 2025.