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competitividade e inovação

Alckmin participa de evento da Fiepb

publicado: 09/06/2025 09h24, última modificação: 09/06/2025 09h24
Presidente em exercício divulgou o programa Brasil Mais Produtivo, voltado a micro, pequenas e médias empresas
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Gestor disse que iniciativa pretende alcançar 200 mil negócios, por meio de plataforma digital | Foto: Julio Cezar Peres

por Maria Beatriz Oliveira*

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, participou ontem, em Campina Grande, do Roadshow Brasil Mais Produtivo, evento que integrou a programação do Diálogo sobre Competitividade: Combate ao Custo Brasil, promovido pela Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiepb).

Na ocasião, ele revelou os objetivos ambiciosos da iniciativa, que atende micro, pequenas e médias empresas. “O Brasil Mais Produtivo é um programa que vai até as empresas, para ajudá-las a reduzir custos, ganhar mais competitividade de mercado e ampliar suas digitalizações. Nossa meta é visitar, presencialmente, 100 mil empresas, levando o Senai, o Sebrae e o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] até os empreendedores. Mas queremos chegar, ao todo, ao atendimento de 200 mil empresas, por meio da nossa plataforma digital”, explicou Alckmin.

Além da conectividade como ferramenta estratégica para impulsionar o crescimento do país, o gestor citou a necessidade de apostar em competitividade, fator que depende da reforma tributária. “Os impostos são um problema no Brasil, mas temos uma boa notícia, que é a unificação de cinco impostos em um só: o Imposto sobre Valor Agregado (IVA)”, comentou o gestor.

Alckmin reconheceu a complexidade do tema, mas ressaltou a abordagem gradual para a solução: “Como esse era um grande problema, a solução não é fugir dele e sim resolvê-lo de maneira gradual: as mudanças serão implementadas em fases, gradativamente, a partir de 2026 até a unificação dos tributos, em 2033”.

Inovação

O presidente em exercício — que também é ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços — afirmou que é fundamental para o país que a indústria cresça. “A indústria está na ponta da inovação e da pesquisa. É fundamental para o país ter uma indústria forte. Também é importante investir em uma indústria sustentável, mais verde, e o Nordeste é campeão em energia renovável”, destacou.

Representando o Estado da Paraíba, o vice-governador, Lucas Ribeiro, falou dos esforços da gestão para incentivar o setor. “O Governo da Paraíba tem trabalhado com responsabilidade fiscal e visão estratégica para criar um ambiente favorável ao crescimento da indústria. Os resultados estão vindo. A Paraíba está ocupando o segundo lugar em crescimento industrial no Nordeste, segundo o Banco do Brasil. A atenção que temos oferecido à economia do nosso estado é fundamental para gerar emprego, renda e impulsionar o desenvolvimento regional”, frisou o gestor.

Desafios

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também participou do evento e enfatizou que os altos custos são o principal entrave para o investimento na indústria brasileira. O parlamentar ressaltou a urgência de combater o chamado Custo Brasil — termo que ele descreveu como “um conjunto complexo de barreiras que impõem custos adicionais de impressionantes R$ 1 trilhão por ano às nossas empresas”. Para Motta, o valor é “um peso que sufoca a nossa indústria”.

Motta garantiu o empenho da Câmara dos Deputados em enfrentar o problema. “Temos plena consciência do nosso papel na construção de um ambiente industrial favorável”, declarou. O paraibano citou debates sobre projetos que visam simplificar a abertura e o fechamento de empresas, além de combater a instabilidade regulatória, com o objetivo de criar “um ambiente onde empreender seja mais simples e mais seguro”.

Já o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho, defendeu a desburocratização, a rapidez na obtenção das certificações e a diminuição da carga tributária. “O Custo Brasil é um obstáculo para o crescimento do país; graças a ele, o Brasil só cresce 0,5% ao ano. É uma máquina grande e pesada. Nós precisamos diminuir e dar leveza. O Estado tem que concentrar seus esforços naquilo que a população deseja”, pontuou.

O evento em Campina Grande também contou com a presença do ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira; dos senadores Veneziano Vital do Rêgo e Efraim Filho; do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima; do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena; e do presidente nacional do Sebrae, Décio Lima.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 07 de junho de 2025.