O Flamengo foi derrotado pelo Paris Saint-German (PSG), da França, por 2 a 1, na cobrança de pênaltis, após um empate de 1 a 1 com a bola rolando, na tarde de ontem (17), no estádio Ahmad bin Ali, na cidade de Al Rayan (Catar). Com isso, o time viu o sonho do bicampeonato mundial adiado. Já a equipe francesa conquistou o título da Copa Intercontinental de Clubes da Fifa pela primeira vez.
O time francês abriu o placar com o atacante georgiano Kvaratskhelia, aos 37 minutos do primeiro tempo. A equipe carioca chegou a igualar aos 16 minutos da etapa final, graças a gol em cobrança de pênalti do volante Jorginho. Nas penalidades máximas, o goleiro russo Safonov brilhou, defendendo os chutes de Saul, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo, para garantir o triunfo europeu.
A emoção da partida e o resultado levaram os torcedores às lágrimas nas arquibancadas. Agora, a equipe comandada pelo técnico Filipe Luís vê adiado o sonho de conquistar outro título de uma competição de clubes de âmbito mundial, como aconteceu em 1981 (quando venceu o Liverpool, da Inglaterra, pelo placar de 3 a 0, em Tóquio, para ficar com a Copa Intercontinental).
Apesar do revés na decisão da Copa Intercontinental, o Flamengo teve uma temporada histórica, na qual conquistou quatro troféus: o Campeonato Carioca, a Supercopa do Brasil, a Copa Libertadores e o Campeonato Brasileiro.
Falhas de Rossi
A etapa inicial da partida entre Flamengo e PSG teve um protagonista, mas pelo lado negativo: o goleiro Agustín Rossi. O argentino, que foi um dos destaques da vitoriosa campanha do Rubro-Negro na Copa Libertadores, falhou em duas oportunidades na final diante dos franceses.
A primeira foi logo aos oito minutos, quando Rossi tentou evitar que a bola saísse com um chutão. A bola sobrou para o espanhol Fabián Ruiz, que bateu para o fundo do gol. Porém, o lance foi anulado pelo juiz, com auxílio do árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês), ao ser constatado que a bola saiu pela linha de fundo.
Mas, aos 37 minutos, outro erro do goleiro argentino culminou em um gol validado. Mayulu esticou a bola na direita para Doué, que, de primeira, cruzou rasteiro para o meio da área. Rossi espalmou e Kvaratskhelia precisou apenas escorar para o fundo das redes.
Empate
Após o intervalo, o Rubro--Negro da Gávea igualou um pouco as ações em um confronto que ficou ainda mais aberto, com oportunidades sendo criadas de lado a lado. E o time brasileiro conseguiu empatar o marcador. Aos 14 minutos, o uruguaio Arrascaeta foi derrubado dentro da área pelo brasileiro Marquinhos. Inicialmente, o juiz não marcou nada, mas o VAR assinalou a necessidade de revisão e o pênalti foi marcado. Jorginho cobrou de forma perfeita e deixou tudo igual.
O empate perdurou até o fim dos 90 minutos e o confronto foi para a prorrogação, na qual o PSG criou as melhores oportunidades de marcar, em especial com o francês Dembélé, que entrou no decorrer da partida. Mas o placar permaneceu no 1 a 1, e a decisão foi decidida nas penalidades máximas.
Brilho de Safonov
Na disputa de pênaltis, o time francês contou com o brilho do goleiro russo Safonov, que defendeu os chutes de Saul, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo. Apenas De La Cruz marcou pelo time da Gávea. Já pelo lado francês, Vitinha e Nuno Mendes colocaram a bola no fundo do gol. O atual melhor do mundo, Dembélé, bateu para fora, e Barcola teve a cobrança defendida por Rossi.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 18 de dezembro de 2025.