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Saúde regionalizada

Governo da PB inaugura centros de hemodiálise

publicado: 22/10/2025 11h17, última modificação: 22/10/2025 11h17
Unidades, em Mamanguape e Piancó, ampliam a cobertura do tratamento renal e evitam deslocamentos de pacientes
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Estado dispõe de sete centros de diálise e 126 máquinas com capacidade para 10 mil sessões no mês | Foto: Leonardo Ariel

por Íris Machado*

Pacientes de Mamanguape e Piancó agora podem ter acesso à hemodiálise sem sair do município de residência. O Governo da Paraíba, mediante a Secretaria de Estado da Saúde (SES), inaugurou dois novos centros de tratamento renal no interior, para ampliar a cobertura de atendimento e descentralizar a assistência nefrológica no estado. Nos últimos dois anos, mais de 380 mil procedimentos de hemodiálise foram realizados, beneficiando cerca de 1.500 pacientes renais.

“O Governo implementou a ampliação de novos locais, principalmente visando a descentralização das unidades executantes para o paciente, por exemplo, de Piancó não precisar vir para João Pessoa ou para Campina, ou um paciente de Riacho dos Cavalos não precisar se deslocar muitas vezes na semana para realizar a terapia dialítica”, explica a médica gerente operacional do Complexo Regulador Estadual, Vanessa Monteiro, em entrevista à Rádio Tabajara.

Atualmente, o estado possui sete unidades de hemodiálise em funcionamento, distribuídas nas três macrorregiões. São 126 máquinas com capacidade para 10 mil sessões mensais. “A gente tem aproximadamente, hoje, no estado inteiro, 1.293 pacientes realizando diálise no total da Paraíba”, detalha Vanessa.

Especialização

O acesso aos serviços de hemodiálise começa nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Nesses casos, a UBS encaminha o paciente ao ambulatório pré-dialítico. “Ele é atendido pelo nefrologista e, se o nefrologista ver a necessidade de seguir o próximo passo para a diálise, ela é agendada pela própria equipe da regulação. Um paciente diagnosticado na atenção básica entra na fila da regulação ambulatorial e, em torno de 72 horas ou 48 horas, é autorizado para a consulta”.

Se o paciente receber indicação de hemodiálise ambulatorial pós-internação hospitalar, o procedimento é diferenciado. “O médico nefrologista, vendo a necessidade de terapia de substituição renal de urgência, faz a solicitação às unidades executantes, sejam elas do estado, sejam elas do município, porque a gente também tem apoio do município de João Pessoa e de Campina Grande”.

A hemodiálise demanda um deslocamento de até três vezes por semana para sessões que podem durar horas. Por isso, a ampliação da oferta do tratamento no interior do estado faz toda a diferença na vida dos pacientes. Assim, os centros de hemodiálise funcionam de maneira integrada à rede hospitalar estadual, a fim de prestar assistência contínua e segura.

De acordo com Vanessa, a primeira macrorregião do estado apresenta 22 máquinas em Guarabira e 10 em Mamanguape. Na segunda macrorregião, há uma unidade de atendimento em Monteiro, com 13 equipamentos de Unidades, em Mamanguape e Piancó, ampliam a cobertura do tratamento renal e evitam deslocamentos de pacientes Governo da PB inaugura centros de hemodiálise Saúde regionalizada diálise. Já a terceira conta com três unidades: uma em Patos, com 45 máquinas; uma em Cajazeiras, com 26; e a recém-inaugurada em Piancó, com 10. “Estamos ampliando também uma unidade em Santa Rita, que ainda vai ser inaugurada pelo governador”.

O Centro de Hemodiálise de Mamanguape está em pleno funcionamento e possui capacidade para atender 20 pacientes por dia. A unidade funciona em um prédio anexo ao Hospital Geral de Mamanguape (HGM), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

“A tendência é a gente fazer a ampliação para outros municípios, tendo em vista que a gente tem um edital aberto de credenciamento”, conta Vanessa. “As clínicas que realizam diálise podem se credenciar ao estado para iniciar a terapia dos pacientes e, consequentemente, a gente ampliar a nossa assistência a esses pacientes para que, o quanto antes, eles consigam ser diagnosticados e ir rapidamente à máquina. Ou então, para que eles não precisem ir à máquina, porque serão diagnosticados precocemente e isso vai evitar o progresso para a terapia de substituição renal”.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 22 de Outubro de 2025.