Com um investimento de R$ 5 milhões, o programa Agente Jovem Ambiental (AJA) está com inscrições abertas para estudantes que desejem se engajar em iniciativas sustentáveis e de preservação ambiental. Apresentado ontem pela manhã, pela secretária Rafaela Camaraense, do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), o programa tem o objetivo de envolver jovens paraibanos em ações que fomentem a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade, observando as peculiaridades locais e colaborando na formação cidadã e na promoção do bem-estar da sociedade.
Fruto de uma parceria entre a Semas e a Secretaria de Estado da Educação (Sedes), o projeto visa atender dois mil estudantes do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), do Litoral ao Sertão da Paraíba. Durante os seis meses do curso de formação, cada estudante receberá R$ 200 por mês, com possibilidade de prorrogação por mais seis meses. Segundo a secretária, o projeto tem o intuito de mudar a consciência ambiental coletiva. “O jovem é um indutor dessa mudança, levando mais consciência para seu núcleo familiar”, disse.
Podem participar jovens que atendam aos seguintes critérios: estar regularmente matriculado no Ensino Médio ou na EJA da rede estadual da Paraíba; não possuir vínculo com emprego formal; ter interesse pela pauta de meio ambiente; residir em uma das 10 regiões atendidas pelo projeto; e ter disponibilidade para as aulas presenciais. Os interessados podem se inscrever pelo site: agentejovemambientalpb.com.br (também acessível pelo QR Code ao lado), até o dia 16 de março — ou até que todas as vagas sejam preenchidas.
O AJA contemplará 63 municípios, distribuídos nas regiões de João Pessoa (400) Santa Rita (320), Campina Grande (330), Cuité (280), Guarabira (210), Itabaiana (180), Patos (100), Mamanguape (80), Monteiro (60) e Queimadas (40). “O programa se estenderá para outras regiões do estado a partir do segundo semestre deste ano”, garantiu a secretária.
Base
O conteúdo programático abordará diversos assuntos, para que o aluno construa uma base em educação ambiental, de resíduos sólidos a energias renováveis. O curso terá 20 horas por módulo, além de promover aulas de campo, a exemplo de visitações a unidades de conservação.
Um dos assuntos a serem abordados é o conhecimento do nome das plantas, já que, há algumas gerações, essa cultura vem sendo perdida, segundo o coordenador de Assistência Técnica, Adroilzo Fonseca. “As gerações mais antigas aprendiam o nome das plantas com seus avós, eu mesmo fui uma dessas crianças”, contou. Segundo ele, para trabalhar com recomposição e restauração ambiental, é preciso saber com o que está lidando — e o nome é o primeiro ponto a ser observado.
Além da formação básica sobre Educação Ambiental, os jovens também poderão sugerir intervenções ambientais que impactem o seu cotidiano. “Queremos que os jovens desenvolvam projetos que façam sentido dentro da sua realidade. A ideia é que eles assumam o protagonismo desse programa”, disse Adroilzo.
Para executar ações em suas casas, praças e áreas verdes, os participantes serão acompanhados por técnicos especializados. Eles também receberão certificados em temas ambientais, consolidando uma formação que terá aplicação prática nas suas vidas.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 11 de março de 2025.