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incêndio controlado

Equipes monitoram área no Sertão

publicado: 23/09/2025 08h29, última modificação: 23/09/2025 08h29
O fogo que tomou a Serra do Cruzeiro, desde 13 de setembro, foi extinto, mas bombeiros seguem atentos a novos focos
Equipes atuando no combate ao incêndio - assessoria Semas - Rossini Dantas (2).JPG

Força-tarefa mobilizou representantes da Semas, do CBMPB, da PMPB, da PCPB e do ICMBio | Foto: Divulgação/Semas

Foi controlado o incêndio florestal que vinha acometendo, desde o dia 13 de setembro, a Serra do Cruzeiro, localizada na cidade de São José do Bonfim, no Sertão do estado. A informação foi divulgada pelo capitão Idygleikson Medeiros, do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba (CBMPB). No entanto, segundo o oficial, o órgão permanecerá monitorando a região para impedir que surjam novos focos ativos. “[Estamos] aguardando a decisão do nosso comandante-geral e da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do estado (Semas) [para oficializar a conclusão da operação]. Até segunda ordem, seguiremos no monitoramento”, relatou.

Além de cerca de 100 bombeiros do CBMPB, a força-tarefa mobilizada para o combate às chamas incluiu equipes da Semas, do Ministério Público do estado (MPPB), das polícias Civil (PCPB) e Militar (PMPB) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Entre os equipamentos utilizados, o esforço coletivo passou a contar, na semana passada, com o helicóptero Acauã, do Governo do Estado, para intensificar o enfrentamento direto do fogo. Ao longo dos últimos dias, agentes da PMPB, do 3º Comando Regional de Bombeiro Militar (CRBM), do 4º Batalhão de Bombeiro Militar (BBM) e do Grupo Tático Aéreo (GTA) também se dedicaram à construção de aceiros — barreiras criadas com a vegetação local — e ao rescaldo das áreas controladas, diminuindo o risco de novos focos.

Nas investigações sobre o caso, a PCPB trabalha com a hipótese de o incêndio ter tido origem criminosa, possivelmente provocado por um grupo de caçadores de animais, conforme informado pelo delegado Claudinor Lúcio, da Delegacia de Homicídios e Entorpecentes (DHE) de Patos, responsável pelas apurações. Na última sexta-feira (19), a Polícia Civil ouviu depoimentos de 10 pessoas residentes em local próximo a um dos focos de incêndio. O MPPB também investiga o episódio.

Operação ambiental já percorreu 16 municípios

Em sua primeira semana de atividades na Paraíba, a Operação Mata Atlântica em Pé vistoriou 54 pontos de alerta de desmatamento espalhados por 16 cidades do estado. Os dados, referentes ao período de 15 a 19 de setembro, são da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), que integra a força-tarefa junto a representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade, do Ministério Público da Paraíba, do Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Fiscais da Sudema vistoriam zonas de Mata Atlântica | Foto: Divulgação/Sudema

Executada anualmente em 17 estados, a empreitada, que seguirá até o próximo dia 26, abrange todo o território da Mata Atlântica no país, buscando identificar, fiscalizar e punir os responsáveis por ações de desmatamento ilegal praticadas no bioma.

Para isso, de acordo com a Sudema, as equipes de fiscais utilizam-se de recursos tecnológicos, como imagens de satélite em alta resolução e levantamentos aéreos via drones, para detectar áreas desmatadas. Na Paraíba, já foram visitados os municípios de Alagoa Nova, Arara, Areia, Itapororoca, Jacaraú, Mulungu, Pedras de Fogo, Pilar, Pilões, Pilõezinhos, Pirpirituba, Salgado de São Félix, Santa Rita, São Miguel de Taipu, Serraria e Solânea. Mediante sua assessoria de imprensa, a Sudema explicou que só serão lavrados autos de infração em uma etapa posterior da iniciativa, depois que os técnicos ambientais comprovarem a supressão de áreas verdes, a partir de análises comparativas das imagens de georreferenciamento.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 23 de setembro de 2025.