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Ação ambiental

Estruturas irregulares são removidas

publicado: 23/07/2025 09h10, última modificação: 23/07/2025 09h10
Operação conjunta atende a recomendação do MPF e visa proteger ecossistema de área de restinga em Pitimbu
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Foram retirados cercamentos, edificações e barreiras físicas construídas de forma ilegal em terrenos de marinha e em APP | Foto: Divulgação/Prefeitura de Pitimbu

Estruturas irregulares na área de restinga da praia de Ponta de Coqueiro, em Pitimbu (PB), foram retiradas, atendendo a recomendação do Ministério Público Federal (MPF). A ação conjunta contou com a participação de equipes da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de Pitimbu, da Polícia do MPF, da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A operação resultou na remoção de cercamentos, edificações e barreiras físicas construídas irregularmente sobre terrenos de marinha e em área de preservação permanente (APP) de restinga fixadora de dunas — ecossistema essencial para a proteção da faixa litorânea contra processos de erosão.

Conforme relatório encaminhado ao MPF pela Semam, a ação mobilizou servidores das secretarias municipais de Mobilidade Urbana (Semob), Receita, Infraestrutura e Guarda Municipal. Os trabalhos foram realizados com apoio de máquinas pesadas e também de forma manual. Além da desobstrução das vias ocupadas, foi iniciado o processo de identificação de espécies exóticas invasoras presentes na vegetação costeira.

Fiscalização permanente

No relatório, a Semam recomenda a continuidade das ações de fiscalização e recuperação, o monitoramento constante das áreas já desobstruídas e o mapeamento urgente dos lotes e da ocupação do solo. O documento também alerta para a ausência de um plano diretor no município, o que dificulta a gestão territorial e ambiental de Pitimbu. Diante disso, a Secretaria reforça a necessidade de elaboração e implantação do plano.

A recomendação do MPF foi enviada a diversos órgãos públicos com base em registros técnicos que indicavam degradação ambiental e ocupações irregulares na região. No documento, o procurador da República João Raphael Lima Sousa destacou a importância da atuação preventiva e articulada dos entes públicos para assegurar o uso sustentável do litoral e a preservação dos bens públicos federais.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 23 de julho de 2025.